Camané

Medalha da senhora das dores

Camané
Não desvies os teus olhos dos meus
Quando passo à tua porta
Trago sempre no meu peito
A medalhinha inocente
Que me ofereceste ao escurecer
Naquele domingo tão triste

Só luzia a chama morna, fraquinha
Dum candeeiro de loiça pintada
Quando atiraste o cabelo p'ra trás
E da tua garganta firme, certeira
Soltou-se o fado
Ai tão amarga, dolorosa despedida

A santa tem sete espadas cravadas
Num coração com espinhos d'oiro na coroa
Lá se me foi o amor
A sangrar lágrimas puras e tristes
Foi-se o amor eu fiquei só
Tu em esplendor
Estamos quites

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