Fagner

Pelo vinho e pelo pão

Fagner
Quantos olhos você tem
Pra me falar
Quantas bocas você diz
A me olhar
Quantos dentes eram tristes
Quantos eram solidão
Outros eram diferentes
Não nasceram para o chão
Claros pelos evidentes
Nascerão em cada mão
Lívidos e conscientes
Pelo vinho e pelo pão
Beijos de doce veneno
Quero sim e quero não
Pelo fogo dos repentes
Desafiam o coração
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