Karnak

Num pode ser

Karnak
Num pode ser!
Num pode ser!
Num pode ser!
Num pode ser!
Num pode ser!
Num pode ser!
Num pode ser!
Num pode ser!

Num pode ser!
Que o rei ficou pelado
Num pode ser!
Ela trocou de namorado
Num pode ser!
O homem que esqueceu da lua
Num pode ser!
Carpaccio é uma carne crua
Num pode ser!
Que ela não me reconheça
Num pode ser!
Num paro de batê minha cabeça

Num pode ser!
Se é pode
Num pode ser!
Se é pode
Num pode ser!
Se é pode
Num pode ser!
Se é pode
Se é pode
Num pode ser!

Num pode ser!
Que ele não me contrate
Num pode ser!
Não gostar de chocolate
Num pode ser!
Queimaram o indio lá no ponto
Num pode ser!
Foi prá assustar mas ficou morto
Num pode ser!
Dar porrada no inocente
Num pode ser!
Não dar remédio prá doente

Num pode ser!
Se é pode
Num pode ser!
Se é pode
Num pode ser!
Se é pode
Num pode ser!
Se é pode
Se é pode
Num pode ser!

"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato.
O amor comeu minha certidão de idade, (...), meu endereço.
O amor comeu meus cartões de visita.
O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
(...)
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
(...)
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas.
(...)
O amor comeu meu Estado e minha cidade.
(...)
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."

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