Dezoito horas de amargura
Zilo e zalo
Guarânia
Naquela noite, triste noite do abandono,
Da praça escura bem em frente a seu hotel
Eu contemplava a janela do seu quarto
Onde ela ia passar a sua lua-de-mel.
E quando as luzes do seu quarto se apagaram
Por sobre mim senti cair trevas de dor
Morri de ciúme por saber que ela estava
Em outros braços entregando seu amor.
Raiou o dia e eu olhando para o seu quarto
Às três da tarde eu vi abrir sua janela
Dezoito horas de amargura passei chorando
Dezoito horas naquela praça pensando nela.
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