Zé povinho
Ademir de souzaNunca sai da mesa, uma grande caneca
E a cair de bebado, ele volta pra casa
Se virares o bolsos não encontras nada
E mal adormeceu já ronca como um porco
E forte como um touro, se faz de morto
O sol já vai alto, e ele a dormir
E os filhos pelas ruas, a roubar e a pedir
E se alguem mais ousado, cobra responsabilidade
Ele se julga o mair, e o dono da verdade
Fala mal deste paiz, de politica e descrente
E entre um gole e outro, diz que vai ser presidente
Vai dar pão pra todo mundo, e dinheiro pra escola
Trabalhar e uma dureza, não esquenta que isso passa
E os filhos sem comida, vão vivendo pelas ruas
Cometendo falcatruas, para se alimentar
Se alguem os matar, do governo vão cobrar
Na mesa eles não tinham, nem um pedaço de pão
E agora vem o ze, cobrar indenizaç pelas ruas ão
Essa e a constant e desgraça, do pobre do ze povinho
Qu pra curar a resaca, se afoga num copo de vinho
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