Alcides gerardi

Lar desabitado

Alcides gerardi
Ela deixou
O meu lar desabitado
Meu coração desprezado
Cheio de mágoa e rancor

Deixou minh’alma
Soltando soluços de desgosto
E uma lágrima em meu rosto
Chorada com todo ardor

Mas hei de vê-la
Novamente aqui na serra
Com os joelhinhos na terra
A pagar pelo que fez
E essas lágrimas
Que hoje choro de agonia
Chorarei de alegria
Sem aceitá-la outra vez

Quando o Sol vai descampando
Ouço os sinos badalando
Lá na capela
Vejo em bando os passarinhos
Recolhendo-se aos ninhos
Me lembro dela
Deus é justo e poderoso
Fui traído é doloroso
Eu não fiz nada a ela

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