Amado batista

Não faça jamais como eu fiz

Amado batista
Foi lá pelos anos 60, o mês eu não me lembro mais
Eu andava noite adentro, a procura de amor e de paz
Fui parar num bordel, lugar distante do céu
Morada do satanás

Parece que foi um castigo, de fato não me controlei
Ao ver aquela mulher linda sentada na mesa do canto
Me envolvi em seus encantos, por ela me apaixonei

E por orgulho ou vaidade, eu nunca contei pra ninguém
Temia a lingua do povo, temia a sociedade
E fui levando essa paixão sempre na obscuridade

Porém um dia lá cheguei pra encontrar com ela
Não vendo ela no salão por ela procurei
Fiquei sabendo que ela estava no quarto vendendo
O amor que eu neguei

Me vi completamente louco de arma na mão
Quebrando a porta do quarto atirei sem perdão
Não pude fugir da justiça o preço do amor eu
Paguei na prisão

E depois de tantos anos eu já cumpri minha sentença
Hoje estou livre das grades mas preso pela consciência
Por matar um desconhecido na mais completa inocência

Portanto meu prezado amigo, se acaso lhe acontecer
De amar uma mulher da vida, você nunca deve esconder
Não faça jamais como eu fiz, matar uma pobre infeliz
Pelo amor que ela foi vender

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