Amanda reznor

Pobre moli

Amanda reznor
Mais um dia sai
Moli volta pra casa
É a mesma coisa que
sempre se passa

O marido jogado
no meio da sala
As crianças na cozinha,
a casa suja e sem graça

Uma vez chegou
e o que encontrou
No chão sangrando
o filho que amou

Então:
em desespero foi,
em desespero ficou
Em desespero, lá, rá, lá, rá, lá, lá...

Era sexta e
não havia carro
A rua deserta ria dela
com escárnio

Pegou uma bicicleta
e o filho nos braços
Pedalou o mais rápido
até o orelhão quebrado

Chorou, esperneou,
continuou a subida
e quando ao hospital chegou
seu filho estava sem vida...

Seu mundo desabou
agora o que faria?
Seu precioso tesouro
a abandonou na corrida

Então
em desespero foi,
em desespero ficou
Em desespero, lá, rá, lá, rá, lá, lá...

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