Ana salvagni

Dedo mindinho

Ana salvagni
Dedo mindinho foi contar a seu vizinho
Que alta noite um diabinho numa porta foi bater
Eu dei um salto e fiquei num sobressalto
Era a porta do meu quarto, diabinho era você.

Quer que eu lhe diga no que deu aquela intriga
Do mindinho de uma figa? Prejudicada fui eu
Levo eu agora a esperar horas e horas
Diabinho foi-se embora, nunca mais apareceu.

À hora certa, deixo a porta entreaberta
De minha alcova deserta e você já nem se importa
Passa calado, devagarinho e nem nada
Sabe que estou acordada e vai bater em outra porta.

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