André teixeira

Nos braços da madrugada

André teixeira
Num baita trago, saiu da venda
Campeando a sorte numa outra olada
Da boa pinga c'o a lã molhada
Perdeu no pasto toda a encomenda

Num baita trago, saiu da venda
Campeando a sorte numa outra olada
Da boa pinga c'o a lã molhada
Perdeu no pasto toda a encomenda

E via estrelas, e via o céu
Sentindo a geada que, pela estrada, cai de boléu
Que, pela estrada, cai de boléu
E via estrelas, e via o céu
Sentindo a geada que, pela estrada, cai de boléu
Que, pela estrada, cai de boléu

Chegou na estância naquele tranco
Sem Oh! De Casa, de madrugada
E a lua cheia, no céu, parada
Pisa nas pedras do pátio brando

Campeando a pipa, foi na ramada
Bebeu um bocado e soltou o Bragado de cola atada
E soltou o Bragado de cola atada
Campeando a pipa, foi na ramada
Bebeu um bocado e soltou o Bragado de cola atada
E soltou o Bragado de cola atada

E a noite fria de lechiguana
Morreu nos braços da madrugada
Quando a doninha tão preocupada
Abriu os pelegos da sua cama

E a noite fria, junto à tarimba
Não achou solto nesse abandono daquela timba
Nesse abandono daquela timba

E ali, no más, se encheu de lua
Quem tinha a alma encarangada
Melhor que o pala de lã cardada
É o aconchego de uma xirua

Nem vi estrelas, nem vi o céu
Nem vi a geada que, pela estrada, cai de boléu
Que, pela estrada, cai de boléu
Nem vi estrelas, nem vi o céu
Nem vi a geada que, pela estrada, cai de boléu
Que, pela estrada, cai de boléu

Num baita trago, saiu da venda
Morreu nos braços da madrugada

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