Andrea amorim

Homem gelo

Andrea amorim
São quatro horas no teu tempo
E o teu retrato me acalenta
São várias flores no telhado
E o teu atalho me cumprimenta
São várias partes de um pedaço
Um descompasso de muitas quedas
São coleções de um passado
Q nunca acaba e sempre recomeça

Vender ilusões não é pecado
Mas destruir um sonho é imperdoável
Vender ilusões não é sincero
E juras de amor não passam de um bolero
Me risquei pra te apagar
Me risquei pra te redesenhar

São várias peças da gaiola
Mas o ególatra vira bandido
São cicatrizes da maldade
E teu escárnio é sem sentido
São várias siglas de um acervo
Mas nem eu mesma me reconheço
São realmente lamentáveis
As duas faces desse homem gelo

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