Angela maria

Francisco alves

Angela maria
Até a lua do Rio,
No céu tranquilo e vazio,
Não inspira mais amor
O violão desafina
Porque chora em cada esquina
A falta do seu cantor.

Escravo da melodia,
Ele cantando escrevia
O que na alma brotava
Subindo os degraus da glória,
Ele escreveu a história
Da cidade que adorava.

O Rio foi o seu berço,
O violão foi o terço,
O samba sua oração
Sambista de um mundo novo,
Da alma simples de um povo
Que samba de pé no chão.

Velho Chico tu recordas
Um violão, cujas cordas
A mão de Deus rebentou
Porque está faltando agora
A lágrima que o samba chora
Na voz que a chama apagou.

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