Flecha fulniô
Antonio nóbrega
Sumaúma grande
Brotou curumim.
Ave miúda
Nasceu passarim.
Brotou curumim.
Ave miúda
Nasceu passarim.
Sangue fulniô,
Pegadas toré,
Um arco no corpo,
A flecha mané.
Fogo na galera
Delira aplaudir,
Um anjo torto
Barroco a sorrir.
Garrincha no nome,
Nas pernas garruchas,
No chute um morteiro,
Um canhão de buchas.
Um deus nos estádios
Abrindo as retrancas,
Um desengonçado
Que as redes balança.
Mandinga, catimba,
A lógica, a tática,
De nada valiam
Para as pernas mágicas.
Mais um gol de letra,
De placa, um golaço,
A bola o adora
E corre pro abraço.
Malasartes do jogo
Driblando zagueiros,
Um bobo pra corte,
Um herói brasileiro.
Sem maracanã,
Sem drible na área,
Na noite sem grito
Estrela solitária.
Partiu, foi morar
Na constelação,
Deixou pátria órfã,
Sem circo a nação.
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