Berenice azambuja

Achando que a vida é bela

Berenice azambuja
Ando sofrendo bastante com a água na costela
A fome chegou na porta e por lá fez sentinela
A miséria nos pegou e eu não posso mais com ela
Mas ando alegre contente achando que a vida é bela!

O xirú me abandonou fiquei lavando panelas
Crianças de tanta fome andam mostrando as costelas,
No guri deu o sarampo, na menina varicela,
Mas ando alegre contente achando que a vida é bela.

Agora eu arrumei outro, ciumento alem de banguela
Quando eu visto as minhas pilchas ele vai lá pra janela
E fica me destratando, fica coçando as canelas
E eu agüento tudo isto achando que a vida é bela!

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