Elizeu ventania

Despedida do nortista

Elizeu ventania
Não posso mais demorar no meu estado
Sou obrigado a desprezar o meu torrão
Não vem inverno, está me dando uma fadiga
Esta seca me obriga a deixar o meu sertão.

Adeus morena, que amanhã irei embora,
Chegou a hora, para o sul vou viajar
Você que não fica, faça prece ao pai eterno
Se no norte houver inverno eu ainda hei de voltar.

Ví o meu gado se acabar de fome e sede
Nem rama verde não existe no sertão
Eu vou embora, mas do norte tenho pena
O retrato da morena eu levarei no coração.

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!