Eugénia melo e castro

Que o amor não me engana

Eugénia melo e castro
Que amor não me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura.

Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor não se entrega
Na noite vazia.

E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito.

Muito a flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira.

Em novas coutadas
Junto de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela primavera.

Assim tu souberas
Irmã cotovia
Dizer-me se esperas
Pelo nascer do dia.

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