Gangrena gasosa

Terno do zé

Gangrena gasosa
Fudido desempregado
Mal saía do boteco
Na minha busca por um cruze

Quando abria a geladeira
O perrengue era pior
Que casa de passarinho
Só com agua e jiló

Tava puto da vida
Não tinha porra nenhuma
Que se foda a merda toda
Apelei pra macumba

Parei de roer o osso
Hoje só como costela
Passista de samba
Atriz de novela

Cada dia uma mulher
Dei descanso pra minha mão
Eu não como mais moela
Agora só filé mignon

To curtindo a vida como o diabo quer
Ando de carrão com as mina no meu pé
E pra pegar o trabalho que me deu fama e mulher
To devendo uma cachaça e um terno branco pro seu zé

Cuidado
Cuidado
Cuidado
Cuidado
Que o santo vai te pegar

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