Gaúcho da fronteira

Correteando a tristeza

Gaúcho da fronteira
Vaneirão

O meu orgulho é cantar e com o meu canto servir
Fazendo o povo sorrir com minhas noticias boas
Pois quando canto parece
Que alegria floresce no sorriso das pessoas.

Eu também meu companheiro sou um pouco igual a ti
Também ando por aí cantando o bem e a paz
Com muito amor e carinho
Vou cruzando o meu caminho deixando amigos pra traz.

Viva eu, viva eu viva nós e viva tu
Que corremos a tristeza com um rabo de tatu.

Não sou feio, nem bonito, sou assim e tá acabado
Nem solteiro, nem casado, sou igual ao beija flor
Quando meu peito troveja
Os machos morrem de inveja e as moças morrem de amor.

Não que eu queira me exibir, nem ser melhor do que os outros
Mas tenho sorte com os brotos me sobra pra tirar cria
Sou feio, mas sou charmoso
Me chamam de João Meloso mimosinho das gurias.

Viva eu, viva eu viva nós e viva tu
Que corremos a tristeza com um rabo de tatu.

Tenho um sonho, mas é pouco, mas não sonho com falsidade
É o sonho da liberdade, mas sem briga e sem peleia
Sonho com um mundo ajustado
E o piazedo abandonado todos de barriga cheia.

Quero ver, não sei se vejo, as tenho paciência, espero
Achar o pais que eu quero aqui dentro do país
Trabalhador trabalhando
A gurizada estudando e o Brasil forte e feliz.

Viva eu, viva eu viva nós e viva tu
Que corremos a tristeza com um rabo de tatu.

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