Gilberto e gilmar

Berrante assassino

Gilberto e gilmar
Na minha sala de pintura amarela
Representando a florada do ipê
Do meu sertão
Conservo ainda um berrante volteado
Ainda é lembrança do passado
Do meu tempo de peão, ai

Desde pequeno só viajei com boiada
Passei meses na estrada
De alegria e desengano
E deste caso bem me lembro como foi
Foi a façanha de um boi
Que se chamava Soberano, ai

Faz muito tempo, mas o mês ainda lembro
Foi bem no fim de Setembro
Quando a boiada estourou
Lá em Barretos, meio-dia escureceu
O Soberano ele venceu
Um garotinho ele salvou, ai

O seu paizinho comprou ele da boiada
Levou pra sua invernada
Que de velhinho morreu
O filho moço correu o Brasil inteiro
Procurando o boiadeiro
E o chifre do boi lhe deu, ai

Eu deste chifre mandei fazer um berrante
Para ser meu ajudante
Nos transportes de boiada
O mesmo chifre que salvou este menino
É o berrante assassino
Desta saudade malvada, ai

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