Foi mais um negro do gueto
Não teve a oportunidade
De fazer uma faculdade
Mas cedo foi trabalhar
Pra família ajudar
Nunca se rendeu a marginalidade
Mas não adiantou
Foi confundido com bandido
Covardemente o matou
E do corpo deram sumiço
Agora a lágrima cai
Quem segura sua mãe e seu pai?
Agora a lágrima cai

Me diz quando essa zorra vai parar?
Quando vão parar de nos matar?
Quando vão deixar de nos descriminar?

Não entro em nada
Sou da quebrada e ninguém vai calar minha voz
A mensagem fica
E se um dia eu for outro surgirá pra falar por nós

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