Insurreição!

O batuque e a voz

Insurreição!
Seja ápice ou sarjeta
Leito de rio ou alto mar
Livro abertou ou caixa preta
Mas venha me buscar

Vento frio que me projeta
Tão ingênuo a procurar
Nos maranhos da floresta
Uma razão pra acreditar

Que dançar fará chover...

Corpo físico ou holograma
O concreto a vacilar
Na vertente se derrama
Água para apaziguar

Fogaréu que se proclama
Como sempre a se encenar
Nos confins do melodrama
Relutância de escutar

O tambor a trovejar...

Murro em ponta de faca
Trabalhar a pedra
E fazer surgir a adaga
Eu vou dançar sem trégua até ver chover
Até as nuvens encardirem
E acreditar
Que fui eu
Com meu batuque e minha voz
Que fui eu
Quem impôs sombra a tantos sóis
Pois sou em parte eles bem como eles me são
Eu sou de todo deles assim como eles são
De todo meus.

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!