Jane duboc

Quatro cantos

Jane duboc
Quando alguém falou de abandonar a casa
Ela não sabia que era cedo demais
Desapareceu sem que ninguém notasse
E escondeu todos os traços do fim da noite no lençol

Todas as manhãs estendia roupa branca
Sobre o pátio com perfume de alecrim
E tecia no crivo todos os nomes do silêncio
Tudo o que a noite parecia retirar da escuridão

Mas naquele dia tinha medo de olhar
Para os relógios e retratos do salão
E no meio da noite despertou de um sonho amargo
Com vidraças transparentes e insetos de verão

Da primeira vez falou de um mal secreto
Como se não fosse suportar outra vez
Começou, então, a imaginar espelhos
A refletir sinais de estranhos nos quatro cantos do cristal

E, calada, trancou-se no quarto
Caminhou e arranhou as paredes
Para não se perder e esperar
Que o sol a secasse em segredo
Que o sol a secasse em segredo

Da primeira vez falou de um mal secreto
Como se não fosse suportar outra vez
Começou, então, a imaginar espelhos
A refletir sinais de estranhos nos quatro cantos do cristal

E, calada, trancou-se no quarto
Caminhou e arranhou as paredes
Para não se perder e esperar
Que o sol a secasse em segredo
Que o sol a secasse em segredo

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