Moreira da silva

A volta de chang-lang

Moreira da silva
A falta de memória me botou
Em uma situação precária
Eu entrei num restaurante chinês
Peguei um gordurame
Na intenção de pagar
Mas o chinês reconheceu-me
De uns tempos passados
Quando eu andava mal de vida
Na antiga casa entrei
Peguei o gordurame
Sem ter os arames

Depois daquela triste refeição
Houve grande confusão
Rastei-lhe bofetão

Seu Chang-Lang
Cobre logo esta despesa
Se eu me zango
Viro em freje
Todo o estabelecimento
Transportei meu pensamento
A tempos idos
Surgiu um cenário antigo
Do que se passou comigo
Mas macaco velho
Não põe a mão em cumbuca
Escuta aqui, taca na nuca
Comigo é diferente
Quando eu me aborreço
É um caso sério
Quem tirar ondas comigo
Vai pro cemitério

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