Naeno rocha

Chegada

Naeno rocha
Apeio do caminhão de paixões e sonhos
Possivelmente conduzido por Deus.
Senti uma tristeza cobrindo os telhados
As cigarras tecendo a tarde murada
O trovão quietou as cordas do piano.
Aparece repentinamente o arco-íris
Pacto aleatório entre Deus e os homens
Sem a confirmação da benzedura divina
Paira sobre os apenados, mendigos, marginais
Sobre os desenganados tristonhos..
De todos os cantos de mim
Rebenta um dedo terribilíssimo a me apontar
Porque sem os notar não faço conta
Das sobras terminais do mundo.
O céu agora se transfigura, em branco puro.
Céu pintado, que escorria tinta.
Céu sempre futuro e desesperançoso
E como são necessários
Estes sofrimentos de planos desiguais.
E do que mesmo eu me lembre?
Só destes puxados caranguejos da vida.
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