Nêggo tom

Blues de retórica

Nêggo tom
Quando eu olho este céu que hoje é pura neblina
Lembro do te corpo ardendo nesse gêlo que alucina
Um segredo violado e adentrado por meu eu
Um "quê" de pecado que você me ofereceu
Um sorriso escrachado, um amor tatuado com a marca de um blues

Travesseiro e corpo leve, cama de gato e algodão
De an passain uma retórica que caetano nos contou
Dos "podres poderes" do universo e do "nosso estranho amor"
Da tua "beleza pura" que assim me enfeitiçou
E a caminho da rua eu me vejo na sua, cantando esse blues

Um poeta fez um blues aos miseráveis e eu faço um pra você
E digo adeus aos covardes, pois eu quero é viver!
E desfrutar uma vez mais do teu sorriso, e olhar bem nos olhos teus
Decifrar todo esse enigma e agradecer a deus.....
Um blues apaixonado, um corpo imolado que hoje é meu

E já não canto mais aquelas canções que falam de ódio e de dor
Hoje o meu cantar é diferente, o meu repertório mudou
Já não piso descalça a lama, nem deixo pêlo no rosto pra protestar
Faço um outro discurso....sou "new wave", sou "pop", sou "blues star"
E de sapato engraxado e cabelo cortado eu vim pra te amar

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