Paulinho leite

Vazante canoeiro

Paulinho leite
Nem o canto das lavadeiras
nem caretas de carrancas
nem chuva na cabeceira
nem a franja das barrancas
nem bando de borboletas
em forma de aquarelas
nem a espuma das maretas
na proa de um barco à vela

Não se ouve pescador
entoando assobio
tercendo a rede os sonhos
descendo a curva do rio
na margem esquerda do meu peito
navega meu coração
nas águas dessa saudade
se fez embarcação

Ê canoeiro
o que fizeram de ti e da tua canoa
ê peradeiro
não tem casco de cari na areia da croa

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