Rastros e saudades
Quarteto coração de potro
Ao sentir o pé no estribo, meu tordilho estremeceu
Meu coração fica aí, quem parte agora sou eu.
Meu coração fica aí, quem parte agora sou eu.
Me alcança um mate de estribo, minha prenda, eu não demoro.
A tropear me vou gritando, pra que não vejam que choro!
Entre o campo e o céu azul, nas léguas de liberdade,
Ficam rastros e carreiros, carregados de saudades...
A pena que ando penando, mais dura não pode ser,
Ter olhos para chorar, sem tê-los para te ver...
Quando bem longe, minha prenda, vou te imaginar na aguada
Sonhando sorver teus lábios, num beijo além dessa estrada.
Pelos pousos e galpões, ficam ânsias mal dormidas,
Segredadas ilusões, no tranco largo da vida.
O preço da estrada longa é bem maior que a distância,
Sofre comigo a milonga, querendo voltar pra estância.
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