Quinteto violado

Martelo agalopado

Quinteto violado
Vamos nós num estilo diferente
É um género que o povo aprecia
Decassílabo com toda agonia
Que você não passa minha frente
O passado, o futuro e o presente
Pois eu temo que sou um repentista
Você diz que é poeta e é artista
Possui uma natureza estranha
Vou saber se o dimas acompanha
Em martelo a Otacilio Batista

Esse cabra metido a galo ferro
E agora atacar a todo mundo
Eu não quero chamá-lo vagabundo
Ele nega a verdade eu não nego
Ele pega no alheio e eu não pego
Outra mais é tarado e tem maus planos
Usurpador dos direitos soberanos
Vou contar o que ele praticou
Foi preso em natal por que tentou
Desonrar uma velha de cem anos

Basta um cabra não ter disposição
Pra viver do serviço do alugado
Pega uma viola e bota ao lado
Compra logo um romance do pavão
A peleja do diabo e riachão
E as histórias do pedro Malazarte
Faz o mundo acabar-se em toda parte
A ferrar por vintém meio de feira
Parasitas assim dessa maneira
É quem vem relaxando a minha arte

Eu não temo o disparo do canhão
Nem da guerra a cruel realidade
Não me causa temor a tempestade
Nem corisco, nem raio, nem trovão
Nem a sombra zoada do leão
Nem da cobra o veneno fulminante
Não faz medo a tromba do elefante
Nem do mundo afinal o seu segredo
Nesse mundo que vem fazendo medo
É cantar com poeta ignorante

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