Raimundo sodré

Brasa ardente

Raimundo sodré
Todo o tempo que eu vivi
Foi morrendo do que sou
Escondendo em cada dor
Um amor que não tem fim
A explosão do nosso amor
Foi um tiro de festim
Que morreu foi quem matou
Tanta vida ávida assim
Mas quando a lenha do fogo
É gente
A gente tem que manter
A chama
Fazer do corpo uma brasa ardente
Principalmente quando se ama
Além do mais quando o amor
É tanto Bota a cabeça no pé
Do umbigo
Aí então já não tem mais
Santo
Que não desça do céu
Pro castigo
Mas seja lá como for
Mesmo no final do fim
O gostoso do amor
É não ter gosto ruim.
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