Rogério skylab

Bengala de cego

Rogério skylab
Essa bengala é meu corpo
Tateia o que me cerca
Diz o que eu não saberia
Alerta, investiga, espreita, enxerga
Estende meus braços

Continua minhas mãos
É a bengala dos cegos
Avança por caminhos suspeitos
Recua, para
Está à beira do abismo

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