Rouxinol e sabiá

Crônica de um sonhador

Rouxinol e sabiá
No jornal de hoje eu li
A crônica de um sonhador
E do sorriso de um guri
Fez um canhão que disparava flor

E a guerra entre os homens foi
Travada dentro de um jardim
Os tiros espalhavam flor
E tinha um cheiro de jasmim

Aos bandos, vaga-lumes mil
Iluminando a escuridão
Corujas, com seu ar gentil
Assoviando uma canção

Os pássaros rasgavam o ar
Em voos rasantes, triunfais
Bombardeando sem cessar
De semente, outros quintais

Entrincheirados batalhões
De abelhas preparando o mel
Os beija-flores guardiões
Pairando e colorindo o céu

Aos bandos, vaga-lumes mil
Iluminando a escuridão
Corujas, com seu ar gentil
Assoviando uma canção

E a guerra se tornou feroz
Veloz o vento que varreu
Relâmpagos rasgando o céu
E de repente, então aconteceu

Uma nuvem que pairou no ar
E de perto o céu apareceu
E a guerra teve que acabar
Porque era nada mais que Deus

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!