Um barril de rap

Como fazer um home studio (part. mandala)

Um barril de rap
E ontem foi mais um dia em volta à monotonia
Causa causadora que causa a falta de harmonia
Cadê a sintonia que existia antes? Extinguida da esfinge
em uma guerra constante
Fomos queimados, sentimos saudade
No ciclo que se retorna em ponto a bipolaridade
Entre brigas, fases, loucos de prazer
O sucesso vem à tona, vem a vontade de ter
Um ao outro, pouco, longe do mundo
Procurando o segredo que foi guardado no fundo
No fundo do armário, no nosso cenário
Riscando todas as datas, rasgando meu calendário
Só mais um dia esperando, o tempo passando
O futuro na sua argila, minha sede vai moldando
Moldou, subiu, voou, caiu
É só um pecado carnal, que morreu e ninguém viu
Morreu, e esqueci o que tinha acontecido ali
Esperei o logo mais, pra esquecermos de tudo
E juntos voltarmos atrás

De outra maneira sempre vem
Pra abaixar minha sobrancelha
Sobra céu e giz de cera
Pra eu pintar uma par de estrelas
Sou o estranho estralo da caixa na orelha
Tenho estado maquiado o tempo todo
De olheira, eu tirei a coleira
Tô tentando ser mais homem do que eu posso
Fazendo besteira, meu maior inimigo é o remorso
Eu meio que não mosco, posso te afirmar
Meu coração é uma geladeira de aço
Faço o que eu posso, e não posso mudar
Eu tentando não ter pudor
Tão assustador quanto um poodle
Tão inovador quanto o google
Meu computador bugou
Eu que lia Foucault
Agora quero por meu nome no mudo
Mudei. Outro semestre que meu mundo gira
Olha a moral que eles tão dando
Pra um loucão de virar
Muito mais pra lá do que pra cá
Do tipo que quer parar de tossir
Mas não quer deixar de fumar

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