Vicente celestino

O bem-te-vi

Vicente celestino
À sombra de enorme e frondosa mangueira
Coberta de flores, da tarde ao cair
A virgem dos campos, morena nervosa
Contava ao amante, meiguices a rir!

Se deres-me um beijo, trigueira, em minh'alma
Terás sempre afeto, delírios, paixão!
No pouso, uma rede de penas, bem feita
Na minha viola, saudosa canção!

Depois desse beijo talvez o primeiro
Não sei que mistério, passou por alí!
Cobrira a trigueira, vexada, o semblante
E a ave, voando, gritou
Bem-te-vi!

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