Xirú missioneiro

Gaudério boa vida

Xirú missioneiro
Neste domingo vou dar rédea pro meu pingo
Porque na vila tem fandango e tem retoço
Vou dar-lhe boca no meu baio cavosneiro
Boleio a perna bem no meio do alvoroço
Vou adentrando como quem vai pra quitanda
E ver a sanga a água do burro ligeiro

Como costume o velho trago me acompanha
E eu passo a canha de vereda pro gaitero (2x)

Esta é a sina de gaudério da campanha
Traiar a canha pra espantar a solidão
Matar a ânsia nos braços da percanta
Pelas bailantas nos ranchos do meu rincão

O chinaredo me conhece pelo tranco
E a gauchada por gaudério pajeador
Transformo em versos os costumes da querência
Cantando a essência deste pano tricolor
Gosto de ver um ginete quando se agarra
Som de guitarra nas pajeadas de rodeio

Cheiro de carne e floreio de cordeona
Da querendona quase sempre estou no meio (2x)

Esta é a sina de gaudério da campanha
Traiar a canha pra espantar a solidão
Matar a ânsia nos braços da percanta
Pelas bailantas nos ranchos do meu rincão

Nas noites claras do meu pago colorado
Troteio ao lombo do meu pingo companheiro
E a oito soco sempre atada pelos tentos
Então foi relíquia deste bugre missioneiro
Se for preciso atravesso o uruguai a nado
Porque sou livre e não tem china que me mande

Eu varo a noite escutando chamamé
Pois conheço a costa da divisa do rio grande (2x)

Esta é a sina de gaudério da campanha
Traiar a canha pra espantar a solidão
Matar a ânsia nos braços da percanta
Pelas bailantas nos ranchos do meu rincão

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!