Zé carreiro e carreirinho

Sertanejo solitario

Zé carreiro e carreirinho
Eu moro num campo triste, onde o rio faz um remanso
Toda tarde eu penso a vida, no terreiro do meu rancho
Olhando lá no banhado, jaburu parece ganso
Codorna pia macio, e a perdiz pia de avanço ai

A saudade me aperta, desde a hora que eu levanto
Deste pobre coração, o suspiro sai de arranco
Quando me aperta nervosa, choro mesmo, falo franco
Tenho fé de ser feliz, to sofrendo por enquanto ai

Quando queima a camparia, forma um fumaceiro branco
Onde vem as andorinhas, pro verão de canto a canto
Desce as andorinhas pardas, que faz ninho no barranco
Eu divido a flor roxa, no brilhar dos pirilampos ai

O que mais me aborrece, é quando floresce os campos
Encosto a velha canoa, amarrada no barranco
Fico na porta do rancho, sentadinho no meu banco
Passo as mãos de vez em quando, nestes meus cabelos brancos ai

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!