Zoroastro

O milagre da cachaça

Zoroastro
Caído na sargeta amargurava
Todo tempo que passou e não viveu
Agora não podia fazer nada
A vida lhe cobrava o que lhe deu
E foram tantos anos na cachaça
Não queria outra vida para si
Bebia três garrafas e se orgulhava
A pinga lhe servia de verniz

Não tinha mais vergonha em sua cara
Era um ébrio inveterado e nada mais
Pedia o dinheiro onde passava
A sina lhe tornava um incapaz
Mas tudo afinal tem um concerto
Nesse dia acordou e não bebeu
Depois viveu por mais trinta janeiros
Na vida um milagre aconteceu

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