Espelho
MaumbuTe ver de qualquer jeito
Me conte mais que a verdade
Eu já sei, então vê direito
Quer mentir pra mim? Tá bom
Me fazer sorrir? Melhor
Me mostra que honra o dom
E às vezes não venha só
De qualquer jeito é bom
E o resto nóiz dá um jeito
[Vilela]
Já deu no saco, recolhimento de cacos, de planos mal planejados, sem planilha ao viajar
Procuro espaço, provoco com meus recados, degolado com cardaço, refletindo meu olhar
Vidro quebrado, concerto tá expirado, os gato preto foi chutado, e cê tem 7 anos de azar
Agora me diz porque que eu que tenho que poder melhorar, quiquiqui, blábláblablá
Fecha a boca é melhor volta a trampa, sai zika sai
Primeiro momento na vida que seu money cant buy, então sai que eu tô na paz ao navegar
Se a imagem e semlhança te deixaram a desejar, não sou eu quem vai mudar
Por cifrões, meu instinto intenções, é uma imagem duas visões
Qual você vai enxergar, má truta
Não se esqueça, a vida é uma só, então viva na clareza
[Hartmann]
Me lembro, de quando joguei pedra no espelho
Eu Taquei fogo na rédia, cabeça loca em desespero
Na contramão fiz o balão
Hoje eu tô de pé vivão, recolhendo os cacos do chão
Pra ninguém se cortar, vejo as feridas na minha mão
Vaguei sem direção, mas hoje é foco na missão
E foi errar pra acertar, se redimir pra melhorar
Pro meu caminho eu não errar, tô longe de ramelar
Quis correr sem antes saber andar, mas a vida é bruta
Te da um sacode, e te ensina a ter conduta
Maluco, quero barulho
Nostralaje no bagulho
Que vai derruba seu muro
Maumbu, chegando de tanque
Bagui é foda, mais por amor, ando no entulho
E nado no mangue, hip-hop é o enxame
Me apresento Hartmann, dois pé na porta do bam bam
De qualquer jeito é bom
Te ver de qualquer jeito
Me conte mais que a verdade
Eu já sei, então vê direito
Quer mentir pra mim? Tá bom
Me fazer sorrir? Melhor
Me mostra que honra o dom
E às vezes não venha só
De qualquer jeito é bom
E o resto nóiz dá um jeito
[Xis]
Te encaro fixamente, por entre as portas da mente
Invadindo sua alma, silêncio sem inocente
Vejo bem no estilhaço, sigo colando os cacos
Registrando a fauna em txts, guardanapos
O que tá me olhando? Perdeu o quê?
Vai procurar sem passar pano porque
Mano, hoje nem enxergo você me olhando sério
Ideal esmero, com critério, sem mistério
Até brotar o sorriso aberto do erê, cadê?
E não me venha com faze o que nosso plano desfeito
Pra eles perfeito o nosso por direito, cadê o plano B? Cadê?
Cadê aquele que tu podia crer via o mundo um grafite
Só pra te fazer sorrir, pra vê
A brisa... água gelada pra ver se ameniza nem avisa
Sapiência danada que martiriza, que brisa
Oh quem voltou com a ideia que enraiza, chuvisca
Na pista e brota o bem que vai com a brisa me avisa
Quando for tocar que eu vou lá, que eu vou lá
Chego lá, já tô lá, até lá curtir a brisa
Que brisa, viaja na minha brisa
[DiSilva]
Espelho, espelho meu que escancara o lado platônico
Espelho, espelho meu que delata meu timbre irônico
Espelho de duas faces, com frases de tom eufônico
Às vezes comunicativo e um tanto quanto lacônico
Dois lados da moeda, um deles que sempre azeda
Posições opostas, compostas de auge e queda
Batalha de Titãs, mas bem longe de violento
Metódico ao longo dos anos, um quê de rabugento
Entre partes de fases, sentimentos, multifaces
Escondo o lado triste, mas não me escondo em disfarces
De bons antecedentes com pitadas de marasmo
Com os meus, meu eu reflete a imagem do entusiasmo
Prendado na boa ação, educação me torna imune
Ao decorrer da minha jornada, os erros não foram impune
Espelho, espelho meu que me mostra veracidade
Aprendizado cumulado junto com maturidade