Mão esquerda (part. murilão)
MaumbuPensa antes de tentar se envolver
Não vem querer colar, pagar de loque
Na má intenção a rua busca você
Carrego os parceiros no peito, os pélas faz peso nos ombros
Comparar minha humildade com os bico, não dá, são tombos
Assombros assombram a rapa que é da fala falha
Uns malham o Judas, mas aqui os vermes noiz malha
Comigo o papo é reto, quietos ficam os falador
Não sabem da minha origem, mas aqui não tem temor
Antes de abrir a boca, veja bem, tenha cautela
Lorota, picuinha, pra esses eu não dou trela
Me cansa tanto blá blá blá de todos esses falseta
Aperta minha mão, vira as costas e faz careta
Os cabeça pequena tumultua e dá mó brecha
Por essas e por outras que sempre a porta fecha
Já diz o ditado: quem tem boca vaia a Roma
Falastrão aqui é vaiado, por isso com noiz não soma
Vem com seus lero-lero, diz é vero, mas não caio
Contradiz em suas palavras, pior que um papagaio
São poucos mente aberta pra muitos Louro José
Falador só passa mal, perdi as contas dos mané
É muita conversinha fraca, oca e pouca ideia
Tá escasso, então eu passo, tô longe dessa plateia
Demoro parceiro, eu venho regado de cultura e respeito
Mantenho o movimento controlo o argumento dos zoio já tô sem tempo
Meu tempo de ser o centro dos bico que foca, memo ZÉÉÉÉ, quem é quem
Contando lorota os brisa morta vai não volta, cai no esquecimento
Eu sei, quem não é visto não é lembrado
De toca travado moleque levado sua boca eu grampeio
Só comenta, lamenta meu ato falho
Com a mão esquerda apresenta o sorriso falso
*rec* passo largo otário na dúvida um retrado falado
Do ato desnecessário, desnecessário
Os comentários, os mesmos que falaram, querem fazer o que eu faço
Nos traços me pede espaço vem a brecha do bonde dedo de seta
Pronto pra apontar pisa na língua se for pra falar da banca
Ideia errada nois espanca e dispensa
Cabeça feita tenta às vezes até pensa
Chega na cena apresentando a mão esquerda
Vai comédia se é o tema, dessa trama
Maumbu e Murilão, tempo fechou pros pilantra
Se encostar na vibe errada a descarga é uma pá de volt
Tititi põe em choque e os bico põe no chinelo Usain Bolt
Tipo Ghandi vira Akuma e comba quem o mal maquinou
Chão frio, tilt, tela branca, sem lágrima, alma chorou
E o relógio espelhou, mostrando em slow, o que sou quando tô nem vendo
Contra quem apostou, contra nós a favor só pra ter o que acha que tá tendo
Tinha a chave e michou, no norte estourou, mas do sul, leste, oeste tá correndo
Vivendo pelo amor, meu mundo aumentou e o seu tá ficando pequeno
Pros anjos que perderam o dom de voar
Mas não se amuaram, aprenderam a planar
Num plano paralelo respira outro ar
ONDE SE ENCONTROU
Sei que a queda livre já te machucou
Caído escolheu que não ia rastejar
Sei que até a ultima pena vai tentar
Se jogar da serra de bomba pro mar
Perdeu a conduta, junto com a postura
Fasanha fajulta, o bonde não atura
Não aprendeu na ideia, então aprende na surra filha da puta
Que a rua já tá na furia meu chapa, pra te cobrar
Então veja como vai pisar, porque ela nao é sua sala de estar
Pra chegar todo meninoto e mimado e atacar as pernas pro ar
Ihh ó láááá, não grite a vitória tão alto que a inveja dorme no sofá
Com sua prosa eu me irrito, mas não conte tanta lorota que as paredes tem ouvido, amigo
Por isso mantenha a alma e o corpo puro
O jogo interno é duro
Mas quem luta quebra a algema, cada cena
Passo a passo, sua atitude deixa um rastro, to farto!
Mas não é tarde, você não é covarde assim, pare para pensar
Fume o green mas viva sem a planta, eu sei que isso te espanta
A velha guarda da ganja manja
Eu vejo muito falador e devo supor que o respeito vai cair do céu
Ou do novo cdzin do Mc créu
Ação, reação entende, troca equivalente, tem que fazer valer sua opnião
Se não, mas um robo sem alma sem noção
Agora para pra pensar: do que valeu onde vai dar?
Com a mão esquerda vem me comprimentar já moscou
Não dê as costas para esse mano ele é crocko
Aaah tenho receio, mas creio que quem eu confio é taxado vagabundo é maloqueiro
Pra minha familia um anjo, pra society um animal
Não acuo de canto, sou front no quintal
Nosso osso meu manto, às vezes mordo e tal
Entre seres e santos, vira-lata, anjo mal
Os bico vão ficar em choque
Pensa antes de tentar se envolver
Não vem querer colar, pagar de loque
Na má intenção a rua busca você