A pequena sereia (musical)

Escravos da dor (poor unfortunate souls)

A pequena sereia (musical)
Eu confesso que eu era uma peste
Não a toa me chamavam Bruxa Má
Mas eu juro que eu mudei
Na fé eu encontrei a força pra me reabilitar
Eu? Sim!

E por sorte entendo um pouco de magia
É um dom que eu dedico só pro bem
E não vale me gongar
Eu uso pra ajudar
Os coitados, infelizes, sem ninguém

Pereça meus escravos da dor
Pra que sofrer?
Uma quer perder o peso
O outro quer desencalhar
Se eu ajudo? Pode crer

São meus escravos da dor
Pra que chorar?
Eles correm pro meu colo
E gritam Ai vem me ajudar
Se eu ajudo? Só chamar

Mas já teve uma vez
Que o calote de um freguês
Me obrigou a torturar o traidor
Mas não podem reclamar
É Deus no céu e eu no mar
Para os meus escravos da dor

Os homens não suportam tagarelas
Garota fofoqueira é uó
E não vai desencalhar
Ficando só de blablablá
Então já sabe
Fecha o bico que é melhor

Amor, o peixe sempre morre pela boca
Que bofe que aguentar escutar?
Mas vai dar seu coração
Se a moça em questão
For bela, recatada e do lar

Agora minha escrava da dor
Vamos lá, cá pra nós
Eu não faço hora extra
E a fila tem que andar
Dou meu preço
A sua voz

Não seja escrava da dor
Não tem porque
Tudo em volta tem seu preço
Todos tem o seu valor
O contrato tá na mão
É a sua chance pro amor
(Já mordeu a isca da mamãe)

Te livre do horror
De ser escrava da dor

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