Alambradas

Mapas dos arredores

Alambradas
As coisas não mudaram muito
Desde a última vez que você me viu
Eu continuo arrancando as folhas do caderno
Sem nem terminar de escrever o que pensei

Já não faço mais tantas baldeações
E olhar pro alto agora tem mais graça
São tantos prédios da metade do caminho pra cá
Vou procurando gente que vê a cidade da janela do apartamento

As idas e vindas parecem ficar mais leves
Se, depois do frio e da neblina
Beirando o meio-dia
Vem o sol e o céu muda de cor
Se eu tô de bom humor
Aquele longo trajeto que desgasta se torna bonito

Eu reclamo dessa gente que ocupa uma calçada inteira
E não me deixa passar
Mas eu nem sei pr’onde tô indo
Se eu corro, parece que minhas próprias pernas me puxam pra trás

Ouvi dizer que meu caminho é esse aqui
Quem sabe, eu possa ser grande também
Se me perguntam, bem
Ainda não tenho tanto pra contar

Se as horas no relógio são iguais ao dia e o mês do meu aniversário
Eu penso que algo bom deve tá pra chegar

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