Aldemir maciel

Pra plantar o amanhã (menino de rua)

Aldemir maciel
Realidade e opressão
Sonho criança de então
Implorando paz e pão com o pé no chão
Jeito vadio, olhar sombrio.
Teu destino, teu destino, solidão.
E a liberdade tão bela
Única amiga de cela
Herdeiro e dono do espúrio social
Cabelos negros, negros,
Dourados ou não
Desejo ardente: um dia ser gente
Não faminto animal
A luz que cintila
Companheira que te sorriu
Dorme na esquina
No abandono deste chão
Descamisado pede pai, paz e pão.
Descamisado pede pai, paz e pão.
Menino de rua
Tua casa é a lua
E o sol teu irmão
Teu jeito moleque
A gente não esquece não
Menino de rua, a alegria tua.
É o meu afã
Sou teu amigo e quero contigo
Plantar o amanhã.
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