Almirante marciano

Rock do trabalhador

Almirante marciano
Um dia tava ele e o amigo lá no bar
Já ia pedindo outra rodada
E depois dessa não parava de falar
Subiu na mesa e começou a discursar

Ele gostava de lembrar o que o pai dizia
De vez em quando inventava uma mentira
Voltou pra casa com a ajuda do amigo
Pagou uma garrafa de cachaça pros mendigo

Chegando em casa o amigo até esperou ele entrar
E só dormiu umas duas horas
De manhã cedo foi correndo trabalhar
E no caminho ganhou multa pra pagar

E no trabalho ficou puto com o patrão
Que diz que a história é sempre a mesma
E que não pode nem virar as costas
Que trabalha com conhaque na cabeça

Passando a noite no trabalho até o dia raiar
E foi descendo a ladeira
Dava um segundo pro mundo levantar
E ele pensando em ir pra casa descansar

Ele gostava de falar de poesia
E o cigarro era quase uma mania
Era irmão e escravo do veneno
Do segundo que escorre e não dá tempo

Chegando em casa ainda foi pegar outro busão
Pra ir na casa da Cecília
Era uma tia de vagina de aluguel
Era uma dona que cumpria o seu papel

Em uma sociedade em preto e branco
De uma mágica produto de um encanto
E ele só dizia ao amor
Sangramento de euforia

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