Andróide sem par

Eu tô bem, eu tô bem... bem só

Andróide sem par
Não sei se por que em algum momento eu desisti dos outros
Que agora tenho a impressão de que desistiram de mim
Só sei que parece que quanto mais conhecemos uma pessoa
Mais estamos propícios a nos decepcionarmos.
Uma pena, porque eu também tô desistindo de mim
Não de um todo, de uma parte
Eu não tô conseguindo seguir em frente
Com coisas que eu realmente não me envolva
Coisas que eu não nasci pra fazer
Tô chutando o pau da barraca mesmo pela primeira vez
Sem dó, em nome do meu bem estar
Tente manter o equilíbrio de um saco, um caco espalhado, dividido, fragmentado de mais
E questionamos sobre tudo,
Quem são esses amigos de fato?
Me encontro numa fase bem crítica da minha vida
E cadê as velhas pessoas que falaram que me ajudariam quando eu mais precisasse?
Tá eu sei, cada um tá cuidando do seu mundinho
Fazendo a faxina na própria bolha
E eu? Excesso de carência ou egoísmo extremo?
Seja o que for eu tô bem aqui fora por olhar distanciado
Mas o andróide dentro tá bem só, bem triste,
Esperançoso também, mas não bem
É tanta dor, tanta solidão
Que a tentativa de escrever não chega a quem escuta
Vira piada, talvez, eu devesse dar atenção às pessoas certas
Eu tô bem, eu tô bem, eu tô bem... Bem só, bem só
Não bem, muito só...
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