As parêa

Fulô de mandacarú

As parêa
Era espinho,
Era flor de mandacarú,
Era cerca no céu,
Urubu esperando só eu morrer.

Era seca,
Era o barro velho quebrado
Não tinha mais palma nem gado,
Só jurema conseguil viver.

Só pra você ver em que tempo
Eu resolvi nascer,
Num tempo em que nada nasce
E quem nasce é pra sofrer.

Só pra você ver em que tempo
Eu resolvi viver,
Num tempo em que a vida morre
E quem morre renascer.

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