Cheiro de galpão

Este cheiro de galpão

Cheiro de galpão
Este cheiro de galpão
Tem gosto de convivênvia
Vem dá acesa do tição
Pai de fogo da querência
Repontado pelas charlas
Do pajador quando canta
Faz roco de mate amargo
E o eco de mil gargantas

Este cheiro de galpão
Vem do rancho aconchegante
Quando recebe das frinchas
É um convite para o andante
Marcela, Rosa e Hortência
Misto de muitos amores
Não sei qual das Margaridas
É a mais bonita das flores
Não sei qual das Margaridas
É a mais bonita das flores

Este cheiro de galpão
Tá acesso para os afoitos
Além do fio de bigode
E o bom trançado de oito
Parece um dia nascendo
Com cheiro de terra boa
E uma rodada de truco
Numa tarde garoa

(Refrão)
Este cheiro de galpão
Traz o bailado das danças
Que nem o pingo estradeiro
Rebenqueado de lembranças
Galopando pago a fora
Vai exalando harmonia
Irmanando dos fandangos
Da tarde ao clarear do dia
Irmanando dos fandangos
Da tarde ao clarear do dia

Este cheiro de galpão
Tem só vidas campeiras
Tem o barulho das águas
Despencando das cachoeiras
Como um pealo de cuchara
Ou um guasquear de um bom ginede
O gado de um pingo crioulo
Das plagas lá do Alegrete

(Repete o Refrão)

Irmanando dos fandangos
Da tarde ao clarear do dia

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