A dose É que difere o remédio do veneno
Cícero billy alves- Devagar, meu irmão, que o santo é de barro!
Ela tá inchado de tanto beber
Ele já tá inchado de tanto beber
De manhã cedo lá vai ele
Todo dia é assim
Numa baita tremedeira
Vai bater no botequim
A primeira é rebelde
Tem que ter concentração…
Vira o copo de uma vez
Pra pinga não chover no chão
O carão de lua cheia
Falta só aluminar
Os pisantes no sapato
Já não podem mais entrar
Quando lhe bate o delírio
Ele vê assombração
Jacaré de bicicleta
E caça ninho de avião
Tanta desculpa inventa
Que é pra não ir trabalhar
Catapora, reumatismo
Dor de dente, calazar…
A mulher é uma santa
Que só vive a labutar
Não tem onde esconde a grana
Pro danado não achar
Ele também vira bicho
Só vendo a transformação
Logo depois da primeira
E macaco é gozação
Quando já tá turbinado
É leão é valentão
Depois ronca como um porco
Esparramado pelo chão
Gente boa, meu colega
Vamos andar com atenção
Se na mão é arriscado
Ainda mais na contramão
Gato é grande pra rato
Mas pra onça é pequeno
A dose é que difere
O remédio do veneno