Crises
Concílio de trentoSai de perto, mandou vir buscar
Fechou, caiu, já era, fugiu do seu aparato
Tão sensato, abstrato, blá blá blá
Não me siga, estou perdido
Minha alma é o sacrifício
Eu, animal, corro perigo
Logo em dois meu inimigo
Eu sou o herói, ninguém me salva
Cara à tapa, morde e rasga
Te acompanho até a cela
Até onde o seu gosto seca
Ladrão empresta a frustração da vida por um triz
Você pode me mostrar o começo da cicatriz
Aversão à utilidade, mesmo o novo não demora
Só preciso mudar o começo dessa história
Rosto sujo como o trapo e o sapato
Como a grama e como o macaco
Tão grande quanto um Deus
E tão pequeno como eu
Não sei onde eu estou
Não sei pra onde eu vou
Só sei do que não sobrou
E eu não sei porque me deixou
Não sei onde tudo está
Só sei do que vai acabar
Malthusianamente recomeçar
Fora de razão
Infelizmente eu não faço o seu tipo
Esquecido e inimigo
Sou uma parábola real
Que se tornou muito abismal
Não sei onde eu estou
Não sei pra onde eu vou
Só sei do que não sobrou
E eu não sei porque me deixou
Não sei onde tudo está
Só sei do que vai acabar
Malthusianamente recomeçar
Quantos milhões de espelhos eu ainda irei quebrar?