Pergaminhos (part. escória)

[Higor]
Me diz o que esses bico quer
Porque parece que não adiantou escutar o que cês quer
Então, me diz o que esses bico quer
Porque não adiantou

Ó, desde 011 a dar trabalho
Só comprovando que anos se passam
E o pirralho, que foi tirado de otário
Bem antes do primário agora domina o palco
E o cenário é precário
Mas me encachei no bonde onde os mala
Quebra pia
E me achei na fonte onde eu calo
Hipocrisia
Quero meu premio chapa, mas sem
Pederastia
Umas nota so pra saber
Se a tal kalifa mia
Eras voam não andam
E a carne apodrece
Elas pulam não amam
E logo logo esquece
Toda história montada
Mas é que obedece, quem te aquece
Com blusão de couro
É fetil dessas lessie
Que nem sabe a porra do nome
E me chama de bruxo
Siringa que me consome
E eu cortando o cabo
Que transmitia o meu sangue
Eu indo contra o fluxo
Foi preciso pra eu não me iludir
Com rebolar de rabo
E essa pra quem pede pra eu arrumar
Trampo, no meu canto cê nem sabe
O quanto isso é trabalhoso
Só falar fora do campo, é muito fácil, na pasta
Tenho beat, tenho verso e deixa meu
Pai orgulhoso
Entretanto se eu erro me ferro de fato e é fato
Que eu berro e me mato e não importa o quanto
Doa
Kraken lagoa inspiração lisboa, cês querem me afogar
E se afundam virando a própria canoa

[Hamal]
My boyz in the hood, nigga, good fellas
Da terra onde o próprio ar traz sequela
Turista aqui gela, treme e trela
Na tela as mina apela pra ver se aparecem nela
É o crime nas vielas
Cocaína no prato e os playboy
Fazem qualquer coisa por ela (o ódio atropela)
Caiu mais um, nasceu cem
Em que as ruas acendem velas
A cada nóia que fuma uma vela, ow!
Mas tudo bem, ataque a alma, e o coração zulu
O hip hop é pra quem sente
Não pra quem é, pau no cu
Nem o flow mais speed e um cap blue
Disfarça quem torce minha queda
Aperta minha mão e me chama de tru'
Larguei a folha, mas só pra tu ver
Que isso aqui não é o que ces quer parte 2
Mas é o mesmo vai se fuder
Além do capital, te apresento, leia o manifesto
Se tem quem curta o trampo, mano
Dane-se o resto, porque

[Higor e Pardal]
Enquanto muitos caem nessa estrada
Difícil ver com a tinta borrada
Pergaminhos que não contam
Que não contam... Que não contam nada
Você pode ir pra ver ou esperar acontecer
Ou então deixar que esqueça

[Ph]
Prazer, escória, de volta no boom bap
Vim pra calar aqueles que diziam que eu num era o rap
Sou ph, mais uma vez me apresento
Levada, talento, eu levo conhecimento
E pra você que tá correndo contra o vento
Fica atento e corre pra num cair no esquecimento
Eu não me contento com migalha
O nego num da falha
Sem tempo pra perder tempo com esses canalha
Então me diz o que esses bico quer
Emilg tá no topo, fazendo acontecer
Me diz o que esses bico quer
Pra vacilão é bala, é vala, nós bota pá foder
Conexão escória e cordel
Fazendo acordar os menininho que pensa que tá no céu
É o rap dando um choque de realidade
Faço virar, só sabe falar
Mas som que preste cê num sabe
Fazer, então vem cá que nó ensina
16 Barra, e num é de ferro, teu ego te assassina
E nós assina o óbito, assume a responsa
Eu nunca me calo, eu vou no embalo
Trabalho escória avança

[Deci]
1998 Start no game
Os verme acha que assusta com esses texto no face
Aceite, emilg gang chapa, só aceite
Cê quer ser sabotage cantando música igual a da katy
Cê ficou crazy baby, mas chapou no som
Tentou me atacar e esqueceu meu dom
E mesmo que agora, cante fora do tom
Eu faço mais que você sem discurso ou com
Falso moralista, boto pra fuder
Depois não adianta vim me pedir cd
E eu vou pagar pra ver, jogo no meio de ratos
Não me conhece, mas truta fala pra caralho
Me sinto motivado e eu nem cacei treta
Não vão me entender é o peso da caneta
É fuga da sarjeta é o valor do rap
Não respondi na hora, minha resposta é track
Foda se os pé de breck, minha causa continua
E se achar ruim, só me trombar na rua
Cordel ainda burla todos seus ideais
Sem piedade, só treme na base pai
Diss nunca é demais e eu vejo muito blefe
Disse que ia bagunçar com a cabeça desses moleque
Tipo nordeste, não teste, não teste
Fim de treta lek
Fica de exemplo: Nunca subestime o chefe

[Higor e Pardal]
Enquanto muitos caem nessa estrada
Difícil ver com a tinta borrada
Pergaminhos que não contam
Que não contam... Que não contam nada
Você pode ir pra ver ou esperar acontecer
Ou então deixar que esqueça