Desespero incontrolável
Inconformismo inconsciente
Saudade esmagadora
Pensamentos negativos persistentes
Peço ao senhor do tempo
Que acelere o relógio
E cicatrize o que aqui dentro
É ruínas e destroços
Peço um foco de luz
Pra minha alma apagada
Terra para os pés firmeza
Pra continuar a caminhada
Que o vento em algum tempo
Leve o ódio e o rancor
E que minha alma vibre na sua
Somente com o sentimento amor
Invoco as deusas da primavera
Para que floresça em minhas angustias
Amadurecimentos na nova era
Que apolo me alimente
Com os seus raios de sol
Energizando minha áurea
Como um lindo girassol
E que haja um cântaro
Que quem manda é deusa música
Pedindo pra deixar derramar
O bálsamo e fazer
O canto cantar o cantar

Abram os caminhos
Despachem os ruídos
Semente que planta na terra
Cavando espaço pra adubar em você
Fertilizando só em você
Sintonizando, ocupando, o som que há em você

Passado o dilúvio
Floresce o presente
Voltando pra gênese
Dissecar serpente
Começa do zero
Pensamento, mente

Tornando muralha
As linhas de frente
Dura não passo não deixo passar
Minha morada é difícil adentrar
Me protegendo, me preparar
Pois algum dia a visita virá
Ira desarmar e despertar
Pra modo nos duas juntinhas se amá
Cavar, perfurar, dilatar
E quem sabe algum dia me derrubar
Mas corpo apanhado sabe caminhar
Cicatriz é o veneno pra continuar

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