Cristina branco

Navio triste

Cristina branco
Não sei do teu inverno,
das histórias
levadas pelos ventos
da memória.
Só sei que ainda fazes
parte do meu desejo
fugaz presença, calmo
entardecer.
Na voz tolhida e fraca
um olhar me comove.
A rua incandescente
por onde foste
sem voltar.
Vê lá ainda espero
um sinal do teu lenço
acenando à proa
de um navio triste
que na bruma se foi...
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